A frente da coordenação há 12 edições, Cléo Antonio Rockenbach não
esconde a emoção de fazer FENASOJA. A cada edição, novos voluntários, desafios
e números positivos. É assim que se faz a feira: com gestão. Para Cléo, falar
de FENASOJA é relatar fases da sua vida com o evento, pois ele traz na memória
a realização da 1ª edição, no ano de 1966, quando seu pai o levou até o parque
para visitar a feira. "As lembranças me remetem a vislumbrar a ocasião. Ir ao
parque era praticamente sair da cidade, andar em estrada de chão e chegar ao
meio da mata virgem e visualizar um pavilhão recém construído (Pavilhão 1), os
pavilhões 2 e 3, o parque de diversões em pleno funcionamento, o local repleto
de pessoas circulando e eu participando então como visitante", lembrou.
Cléo, antes de chegar à coordenação, foi
expositor. Ele salienta que na década de 80 trabalhou no estande da Indústria
de Máquinas Agrícolas Ideal, nos lotes 1 e 2 do bloco I. Na oportunidade,
ocorreu a distribuição dos espaços para a realização de uma das convenções que
a empresa realizava, trazendo para a feira concessionárias de todo Brasil,
demonstrando no interior do parque (onde hoje está o bloco M) o funcionamento
de colheitadeiras que colhiam os pés de soja, que eram manualmente
colocados na terra. "Foi algo
que chamou a atenção da comunidade. Era algo deslumbrante e um tanto curioso".
Na década de 90, mais precisamente no mês de julho de 1997, Cléo foi convidado
pelo presidente da 12ª Fenasoja (edição 1998), Sérgio Lunardi, para assumir a
função de coordenador geral. "A função me oportunizou, junto aos voluntários
da nossa comunidade, a continuar na construção desta que é hoje a maior feira
multissetorial do Estado, conhecer pessoas e iniciar novas amizades, tanto nas
comissões como expositores e fornecedores", comenta.
Cléo lembra que descobrir, garimpar e lapidar novas lideranças na
comunidade regional é outra missão da feira. "Mesmo que este objetivo não
esteja explícito, durante o trabalho desempenhado pelos voluntários eles têm a
oportunidade de demonstrar suas qualidades profissionais e o espírito de
ajudar na realização do evento, assumindo assim o que chamamos de 'laboratório
de lideranças' ".
Para Rockenbach, a FENASOJA se destaca pelo papel que assume
como mola propulsora do desenvolvimento regional, com destaque para a
realização de negócios, sendo uma vitrine de lançamento de novas tecnologias,
prospecção de tendências, realização de eventos nas áreas da cultura, de negócios
de gestão, no período que
antecede a realização da feira, propiciando assim o movimento da economia da
região.
"Destacamos a evolução da feira, pois no transcorrer
de sua trajetória, cada edição é diferente da anterior, cabendo aos
presidentes aplicarem suas ideias, ambições e projetos, junto à Comissão
Central, do que o grupo se propõe a executar, acompanhando a evolução e
dinamismo do mercado ao seu redor, sempre acompanhados pelo Conselho Consultivo
Permanente que nos indica, por suas experiências, o rumo correto a seguir",
enfatizou.
Sobre sua trajetória como coordenador
geral, destaca a evolução profissional e a idoneidade da feira, construída no
decorrer do tempo.
"Estes conceitos estavam presentes muito antes da 1ª Fenasoja, pois tivemos anteriormente a realização 1ª Exposição Agropastoril e Industrial, no ano de 1934, a 2ª Festa Nacional do Milho, em 1953, a 1ª Exposição Regional de Suinocultura em 1959, demonstrando assim o interesse de apresentar as potencialidades da região e a evolução desta matriz produtiva introduzida pelos protagonistas e colonizadores que aqui se estabeleceram", concluiu.